sexta-feira, 25 de abril de 2008

Sonhos penicheiros




Sou um homem mau. O meu trabalho dá-me a oportunidade de surfar quase todos os dias de manhã, facto com que castigo sistematicamente o meu companheiro de ondas, o cocas.

Pois, mas se um dia(s) é do caçador, outro...é do Cocas.

Hoje, feriado nacional, dia da liberdade, estou aqui fechado na redacção a trabalhar que nem um cão e a ouvir falar em metro e meio na Costa, dois metros na Praia Grande, metro e meio no Guincho, metro em Carcavelos, tudo com um "ligeiro off-shore".

E para a facada ser ainda mais ironicamente poética, está metro e meio nos Supertubos, e ondas do caraças em toda a península penicheira.

Agora, adivinhem onde está o Cocas...? Um palpite: deve estar a rir-se como o c.... e a mandar afastar os "primes"...

Merda para isto, vou despedir-me!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sniper Inferno

O meu desafio para o verão está definido. Falta escolher a espingarda que me vai ajudar nesta aventura. Para já, há uma Sniper Inferno - 42,5, PP e 2 Stringers - debaixo de olho.

Paul Roach


Bons Tubos

terça-feira, 15 de abril de 2008

Respeito

A Billabong entregou os seus prémios XXL. Uma boa oportunidade para ver o que são ondas verdadeiramente grandes, o que é o verdadeiro tow in, o que é verdadeiro Surf.

O Shane Dorian ganhou os 50 mil dólares reservados para quem agarrasse A onda.



O Manoa Drollet, fez O tubo do ano



E o Greg Long ganhou o prémio para a maior onda apanhada A REMAR.




Será que o Nazaré Special Edition e os seus bravos concorrentes não mereciam um prémio qualquer?

Bons Tubos

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Em pé é bom, mas ...

O dinheiro fez muito mal à irmandade das ondas. O Surf está transformado num programa da MTV. Os campeões têm tiques de estrelas, os contratos são milionários e os putos deixaram de repetir os velhões chavões. Já não procuram o tubo perfeito. Hoje, querem fazer pose em anúncios de marcas de camisolas e esqueceram (será que alguma vez o souberam?) o verdadeiro motivo que nos leva, mesmo nas manhãs frias, a entrar na água gelada.

No Bodyboard está tudo mais atrasado. Ainda bem. Há menos dinheiro e a guerra na comunidade continua a ser por marcar os limites da arte. Cada um estica a sua corda. Uns tentam 720º aéreos, outros entram a braço em ondas que exigem a companhia de um Jet Ski e ainda há quem dispute campeonatos quando o bom senso recomenda que fiquem na areia. Há mais paixão pelo Bodyboard.

É mais fácil ser surfista. Basta chegar a uma praia e imitar o que viram fazer nas Marés Vivas. Ser bodyboarder, exige personalidade.

Ao fim-de-semana, quando chega a altura de fechar o fato e entrar na água, estou-me a borrifar para os que vão em pé e para os que vão deitados. Só quero apanhar a minha, respirar um bocado e ouvir estalar, pelo menos, um lip. Gosto de bodyboard. A proximidade com a água torna o momento mais acolhedor e, quando chega a altura de disparar, as explosões são sempre mais fortes. Tal como dizem as camisolas da APB: Em pé é bom, mas deitado é melhor.


Grande banda sonora.



Bons Tubos

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Guitarras e unhas


O meu amigo Cocas diz, com razão, que é um desperdício. Posso dizer que, neste momento, possuo um quiver de luxo.

Adaptando um adágio popular, resta-me ganhar "unhas" para estas "guitarras".

Mas, que diabo, são várias tábua para várias condições. No bodyboard começamos a perder os complexos que no surf há muito foram a para as urtigas. Conheço um surfista que tem pranchas de colecção. Exactamente, nem as mete na água. Falo de peças de arte, uma delas, imagine-se, com quilhas de bambú.

Não vou tão longe porque acho que uma prancha foi feita para surfar. Não há prancha mais bonita do que aquela que tem uso, suja de wax e já com umas cicatrizes de guerra no deck.

Mas percebo o Cocas que diz que se tivesse guita e não tivesse vergonha, era gajo para ter um móvel como os das lojas de bodyboard, cheio de pranchas.

Acho que tenho o quiver fechado mas a ideia do móvel... :P