quarta-feira, 22 de outubro de 2008

... a polémica do costume

Os Jogos na Costa da Caparica tiveram o condão de incendiar a net surfista. Porquê? Mais uma vez, os bons resultados vieram todos da malta do Bodyboard - Parabéns Rita, Hugo e Centeno - e mais uma vez a promoção foi toda feita para os rapazes das pranchas de fibra. O problema? Quando confrontados com as evidências, os rapazinhos das quilhas disparam as alarvidades do costume: rastejantes, sapos e, a mais divertida, frustrados.

Eu que para apanhar ondas até tenho um veículo que me permite dropar mais atrás, ir mais fundo e voar mais alto que a maioria dos 'quilhas' nas praias portuguesas é que sou frustrado? Mesmo que o mercado fashion não o reconheça, eu estou cada vez mais convencido que os Bodyboarders são a elite das ondas.

Rapazinhos que no pico assobiam para o lado cada vez que entra um set- há tantos em Carcavelos ... - , rapazes que apanharam a primeira onda há dois ou três anos ou que nunca exprimentaram surfar debaixo de uma Vaga de Frio, ou 15 dias depois de uma operação ao joelho não me dão lições sobre o que é ser surfista. O veículo que usam é-me indiferente.

O Surf está transformado num desporto de massas e, como sempre acontece, os seus praticantes tentam abafar todas as modalidades rivais. Cá em Portugal a missão é bem mais complicada. Porquê? Porque o nível de surf nas nossas praias é miserável - basta ver os resultados do melhor de sempre ... - e felizmente temos por cá alguns dos melhores bodyboarders do Mundo. Porque cá, enquanto os Bodyboarders entram nas grandes ondas a remar, os surfistas trazem a televisão, mas também a mota de água. Quem é a elite?



Bons tubos

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