quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Injusto

Can you actually make a living from being video makers or is it really hard? Kids always think it’s a dream job and it’s easy and you can make money but I reckon it’s definitely not that easy and it’s not lucrative. What’s you’re say about this?


Chad: We have always found it very hard to live off the DVD’s. It would probably help if we’d stop buying new camera equipment all the time. We have both always had part time jobs to get us by. It’s kind of tough too cause its hard trying to find a job that will let you bail down the coast at the drop of a hat.

Kane: I haven’t made one single cent out of this biz, I work every weekend in a bar and kids wonder why I’m there. We are not Hollywood and we can’t afford to have people pirating our work. Why do you think Chris White stopped making Tension, No Friends have stopped and many other as well. There will be no bodyboarding DVD’s in 2 years I think. I know that one QLD rat named Brandon Thorpe Waluew doing it and to be honest I would keep doing it if there was some money in it, but you need money to live off.

Excerto de entrevista dos Waldron Bros ao site Sponger City (www.spongercity.com)

Grandes esperanças


Nazaré - Última Etapa Circuito Nacional BB Esperanças 2008 from rolhabodyboard on Vimeo.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

... Next

A ondulação de Noroeste entra direitinha naquele ponto da costa portuguesa. Se o vento, ainda por cima, estiver frio e levemente off shore estão reunidos os ingredientes para uma bela surfada. Com pouca gente e ondas para todos os gostos. No Sábado, fomos recebidos por impiedosos sets de dois metros. Foi duro, mas deu para acelerar a bomba, testar a nova máquina e brindar o sistema sanguíneo com uma boa dose de Adrenalina. A onda do dia? Um esquerda que trazia a placa a dizer: Sagu. No pico, foi assinalada com assobios e gritos de incentivo e serviu para abrir as hostilidades. Eu, fui brindado com algumas bombocas, mas recebi de frente a onda que me marcou o dia. Quem viu, diz que foi a maior do dia e logo por azar veio no final de um set que me apanhou na zona de impacto. O tempo que passei embrulhado na espuma foi suficiente para me empurrar até terra, mas deixou-me com ainda mais pica para o próximo encontro.



Bons Tubos

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Agente da discórdia

Quando a Agent 18 lançou o fato com padrão zebra fui dos que riu. "Um gajo tem de surfar muito para usar essa merda e mesmo assim manter o respeito" disse eu na altura.

Pois, mas agora é que fiquei mesmo sem palavras...



The Ben Player Project

Há momentos que definem as carreiras dos atletas. Para o bem ou para o mal, há falhanços e sucessos que marcam a vida dos atletas. Seja a vitória ou a derrota num campeonato, seja um tubo em Pipeline ou um simples drop numa mutante australiana, há mesmo momentos que marcam. Está a chegar The Ben Player Project. Mais que qualquer um dos títulos que o rapaz já conquistou, este filme promete marcar a diferença entre ele e os seus rivais. Estarei a exagerar? Vejam o trailer e digam-me se o rapaz não faz parte daquele grupinho restrito de ET's.



THE BEN PLAYER PROJECT from Waldron Bros Production on Vimeo.


Pois é. Parece que o Guilherme Tamega e o Jeff Hubbard têm finalmente companhia. Os outros que me perdoem, mas há mesmo classes à parte.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Já fez um ano...

O Click Mágico




Ando há meses à procura da minha prancha. Vi VS, NMD, Respect e afins ... Ainda vi as Refresh, mas os modelos que encontrei ainda têm os acabamentos a precisar de afinação. Ontem entrei na Miramar e quando cheguei a casa coloquei a minha prancha à venda neste maravilhoso mundo da internet.

Todos me dizem que já tenho um avião - NMD, Ben Player, 41'5, PP - mas a verdade é que eu e ela - a prancha - nunca fizémos o click mágico. No último ano, sobreviveu a tudo imaculada. Surfei na Praia do Norte (versão mini), surfei nos Supertubos e tive uma sessão épica em Carcavelos. Nunca me deixou mal, sempre me safou dos momentos de aperto, mas nunca fizémos o click mágico.

Ontem escolhi a minha próxima tábua. Chama-se BZ Hubb Graphic, tem 41.5 polegadas de PP prontas a voar e a aguentar todas as agressões. Agora chegou a altura do Adeus...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Questão pertinente

Se eu até uso a prancha deste gajo porque é que não surfo assim?


pierre louis COSTES from RIRAW prod on Vimeo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Saudades de Arica

O melhor campeonato do IBA Tour 2008 ainda rende pérolas destas. Arica em todo o seu esplendor.

PS: Pinheiro dá-lhe...f***-se


Free Ride: ACC 2008 from Ernesto Guevara on Vimeo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Vontade de chorar

Cada vez que vejo um filme deste senhor e penso no actual campeão do Mundo, sinto vontade de chorar... Porque será?

Mr Hubb



Bons Tubos

sábado, 13 de dezembro de 2008

He did it again


Kelly Slater, o melhor surfista de todos os tempos (mas ainda alguém duvida?) ganhou o Pipeline Masters, a sexta vitória da época.

Mais desenvolvimentos nos próximos dias...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A rainha

Quase todos os surfistas (de pé e deitados)com quem falo e que já testaram a sua habilidade e coragem nela, me dizem que esta é "a onda", a rainha pela qual todas se medem.

Nesta altura disputa-se Pipeline Masters, prova na qual Joel Parkinson fez duas ondas nota 10 na mesma bateria.

Sem querer entrar em comparações (é pá, juro que não, até porque são condições bem diversas) vamos só ver porque é que Pipe é uma onda tão bodyboard...



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Towed out ...

A estreia está perto. Medo? Adrenalina? Entusiasmo? Baixa? Veremos ...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Uri Valadão e os melhores do Mundo

Tivemos Mike Stewart, o primeiro dos verdadeiros campeões, depois Guilherme Tâmega e Eppo com estilos bem mais agressivos. Tivemos campeões precoces (André Botha), campeões atrasados (Jeff Hubbard) e pelo meio não faltaram campeões com doutoramentos em estilo ou competição (Ben Player, Ben Severson, Paul Roach, ...). Com maior ou menor sucesso, a história do Bodyboard tem vivido à custa do carisma dos atletas com maior destaque e temo que se esteja a aproximar uma crise.

Eu nem sou particular defensor dos aussies, não acho que os Rawlins/Hardys e afins sejam Et’s – sim, o Player é um campeonato à parte -, mas não me chocaria se um deles acabasse a época em primeiro. Sou fã do Hubbard, do Tâmega e só tenho uma dúvida quanto ao Pierre Louis Costes: com que idade vencerá o seu primeiro título Mundial? Qualquer um podia ser campeão do Mundo que eu nem me importava. O Hugo Pinheiro, o Centeno ou o Silvano limparem um Mundial, isso sim seria motivo para celebrar.

Todos sabemos que as ondas deste Mundial estiveram longe de ser brilhantes, que é um crime decidir o que quer que seja naquelas ondas na Confital e que ganha quem melhor aproveita as condições nos diferentes campeonatos. Bem sei que a vitória do Uri Valadão é um sinal que qualquer dia podemos ter um campeão Mundial português – acabou-se a desculpa de não estarem habituados a ondas grandes ... – mas para já estou irritado! Não lembra a ninguém deixar um zuca marrequeiro ser campeão do Mundo!!! Bem sei, ganhou em Pipe, mas isso não chega. Não tem carsima e a única especialidade é sacar ARS em ondas que não existem.

Desde que faço bodyboard, e já lá vão uns 13 anos, é a primeira vez que vejo um campeão do Mundo que não faz parte dos melhores “artistas” do Mundo. Teorizem, gritem, insultem-me, mas façam a conta: Quem preferiam ver surfar, por exemplo, na Cave? Hubbard, Player, Tâmega, Hardy, Rawlins, PLC, King, Virtue, Stewart ou … o Uri?

Sim, estou irritado. É mais ao menos como se o C.Ronaldo tivesse perdido a bola de ouro para o Liedson...

O trágico último dia ...



E um descubra as diferenças

O Uri Valadão


e os melhores do Mundo


Hubb



Player



GT

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ignorância televisiva



Acordei cedo para surfar, consultei os sites do costume e...sofá. Acendo a televisão na tentativa de embrutecer e esquecer a merda do vento Oeste que só dá naquele sítio que a gente sabe, aquele que fica demasiado longe para uma matinal em dia de trabalho, quando, na RTP N...imagens de surf?

Um pivot começa a balbuciar sobre uma competição (o O'Neill world cup em Sunset) no Havai com (e aí ia desmaiando), ondas de 10 METROS. Ora, a ajudar ao absurdo, via-se um surfista a negociar uma vaga que teria aí uns 3 metros. Mas, lá está, 10 é um número mais redondo e tal...

A estupidez continuou com o coitado a ler no teleponto um texto que um qualquer estagiário teria vergonha de escrever, sobre a tal competição em que "dois irmãos californianos tiveram as melhores notas", assim, sem nomes nem nada. Para não falar na omissão do Tiago Pires, o Ruben Gonzalez e o Marlon Lipke.

Ah, e pasme-se, "as ondas eram tão grandes que houve quem partisse a prancha". Ai, ai, coitadinhos.

Mas afinal, o que interessava eram as ondas de 10 metros. Ora, quem aposta que foi uma tradução de 10 feet para 10 metros? Vá, quem?

E o que me lixa é que são os meus impostos que pagam a incompetência destes gajos.

Nota: a imagem em anexo é de uma dessas ondas de "10 METROS"

AH AH AH AH

"(...) portuguese wct surfer tiago pires was having an early surf, and riding a 6'10'' - - probably underestimating the size. on a macker, he hit the flats with way too much speed and spun out of control. the 10 foot thick lip landed on his head, buckling his neck exorcist style and giving him a solid dose of concussion. (...)" in Surfline

Não deve ser fácil ter todo o mundo do surf a pensar: "Quem não é para elas, não se mete nelas".

AH AH AH AH

Do carapau e outros peixes

O meu favorito, bipolar, tripolar ou extrapolar


2many secrets ep02: ryan HARDY from RIRAW prod on Vimeo.

PS: Tanto este como o MR foram de vela na primeira eliminatória que disputaram no Confital. Pouca motivação, marcação dos menos cotados mas mais esfomeados competidores? Não é por surfarem mal de certeza...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Surf Sound - Little Joy

Little Joy, The next time around



Bons tubos

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Como costuma dizer certo camarada: "Eh Carapau"

"The best bodyboarding I've ever seen..." (Thomas Robinson)



2manysecrets ep05: MITCH RAWLINS from RIRAW prod on Vimeo.

Parabéns, Rita Pires



E na última etapa do Campeonato Nacional, Rita Pires voltou a fazer o que melhor sabe - vencer. No ano em que conseguiu um brilhante segundo lugar na etapa de Pipeline, a menina da Costa da Caparica voltou a deixar a concorrência para trás e acrescentou mais um título ao currículo. Além dos vários títulos europeus (sinceramente perdi-lhes a conta) já são ONZE as taças de campeã que tem em casa. Falta-lhe o ceptro Mundial, mas nesse campeonato - além das irritantes zukas - o maior adversário dela está na nacionalidade no BI.

Aqui ficam os sinceros parabéns!

Woman Emotion Trailer



P.S: Uma palavra para os machos latinho que estão, certamente, a chorar depois de verem o filme. As meninas surfam mais que vocês? Eh pá, não se preocupem com isso. Culpem a diferença de peso, a gravidade ou o modelo da prancha ...

Bons Tubos

Ah, seu eu pudesse nascer outra vez...


BOOM/NMDtv Ep 2.05 Super Groms from Waldron Bros Production on Vimeo.

Assim, tudo bem!

Assim, o Surf até se torna interessante de ver. Para seguir ao vivo aqui - http://triplecrownofsurfing.com/ - e encher a barriga de surf de LUXO!!!



Bons tubos

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Títulos à Centena




Campeão da Europa (pela terceira vez), campeão mundial ISA, várias vezes campeão nacional, enfim... o currículo é extenso mas resume-se a um facto indiscutível: Manuel Centeno é um dos melhores bodyboarders do Mundo e é português.

PS: E, sabem que mais? Parece que quando fala aos jornais não insulta quem surfa de pé...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cruzes Credo!



Próximo domingo, em Portugal continental, ondulação de OESTE com sets de 44 pés (qualquer coisa como 13 metros...)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Deambulações pelo planeta Água

Corre aí no ar uma proposta indecente para ir surfar às Maldivas. Como bodyboarder ainda relativamente inexperiente, confesso que tenho algumas dúvidas. Mas parece-me que esta viagem, a acontecer, serviria para encerrar um capítulo na minha vida e abrir outro. Qualquer coisa como um rito de passagem para uma idade adulta que há muito reclama a minha presença.

Entretanto, fiz uma busca no obrigatório youtube por "bodyboard+Maldives" e apareceu-me esta jóia. Pelo que ouvi falar dos roteiros surfísticos deste planeta (que se devia chamar Água e não Terra, por razões evidentes), isto parece-me mais Indonésia que Maldivas...mas não resisto a mostrar como é que esta coisa de deslizar nas ondas com um pedaço de espuma e plástico laminado deve ser feita.

Boas Ondas (esta flatada não pode durar muito mais...)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O tamanho importa?


Elas, simpáticas, dizem que não. Este não arriscou. Maior é mesmo impossível.

Panic Button

Um amigo que vai casar e que saltou de um avião. Outro a quem lhe pedem que seja pai e outro que vai mudar de emprego pela primeira vez em dez anos. Mais ou menos conscientes, todos estão perto de carregar no Panic Button. Bem sei que nem os momentos de maior tensão nem sempre acabam bem, mas é nessas alturas que nos sentimos mais vivos.





Enjoy

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"Ondas de Bodyboard" uma achega a um blogue camarada

O camarada Hugo do Conversas do Mar escreveu aqui há tempos sobre a questão escorregadia das "ondas de bodyboard". Um conceito que não implica, necessariamente, ondas mutantes de 6 metros.

Ora aqui vai mais uma acha para a fogueira

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Halloween

Foi há pouco mais de um ano. Um bom filme para relaxar.



Bons Tubos

terça-feira, 4 de novembro de 2008

E quando pensava que já tinham inventado tudo...





Para perceberem melhor: http://www.rapturecamps.com/raptureroll/1-0-Home.html"

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Quem será o último a rir?


Sinceramente, e ao contrário de 99 por cento da população mundial, não faço a menor ideia. Mas, no meio de tanto entusiasmo por tão pouco, pode muito bem vir a ser este o dono da derradeira gargalhada.

Aqui está com cara de "Metro e meio off-shore, man!"
Aqui (leia-se em toda a campanha eleitoral norte-americana vista de Portugal)há uma tendência para diabolizar o amigo John e santificar o amigo Obama. Como se tudo fosse a preto e branco (e como a realidade os ajuda neste exercício). Mas não é, como todos estamos prestes a descobrir.
Aqui para nós, fica um pensamento simples: "Se a eleição já estivesse decidida, não valia a pena fazer a eleição."
Aqui fica o pensamento final: Não me interessa se é Mccain ou se é Obam. Só sei que ninguém me tira da água este fim-de-semana.


PS: Com Obama, o crowd aumenta. Vota McCain por menos gente no line-up

Obama



P.S: Imagem gamada do Ondas

Bons Tubos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O despedido Hardy fala à Riptide





Since rumours started circulating last week that Ryan Hardy had been dropped by long-time sponsor Billabong, we've had any number of emails and calls asking questions and demanding answers. Seems bodyboarders are pretty bummed on the news so we hit Ryan with some questions to try and get an insight into what led to the decision. Funnily enough he was in Adelaide airport when we spoke to him today, having been stranded on the Nullarbor after blowing his car’s head gasket and taking out a roo or two. Here’s what the chap had to say on the matter:

RT // With regard to your recent dropping from Billabong, how did you take the news when it was handed down? Did you expect it at all?
RH // When the verdict was first handed down, it definitely hit me hard and my heart dropped like a sack of potatoes! However, I was aware that it was a possibility coming up to contract time so I wasn’t completely swept off my feet.

RT // You’ve been with Billabong for a damn long time, what were their reasons to you for having to come to that decision?
RH // Basically that the company was enduring hard financial times like all big public surf companies and so cuts were being made through all fields of employment – marketing/bodyboarding being one of them. Unfortunately that meant one of the higher salary earners had to go, and as I was oldest and had been there longest I was let go.

RT // You’ve obviously had a pretty tumultuous couple of years; no shortage of ups and downs, both metaphorically and literally speaking! That said it seems like you’re truly back on top of your game. Did you feel at all like “what more could I possibly do as a team rider”?
RH // It did cross my mind, sure. Like I could have chased a few more photo sessions, or could I have won more comps, but essentially when you reach the top level of the sport and maintain a constant stream of photo/video coverage, competitions and general promotion there really is not much more you can do to promote a sponsor. So in saying that, I feel it’s not my bad in this situation, but just unfortunate to be caught in these times for the company.

RT // Will you be looking to lock down a new wetsuit and clothing sponsor, or are you not too fazed?
RH // Yeah definitely be keen to look for a new clothing/wettie sponsor, get some more income again, wear some fresh stuff and ride for a new company; it’ll be a good change.

RT // You came so close to a world title not long back, are you still keen to nail one in the next coupla years?
RH // I’m definitely keen to compete on the world tour and particularly in good and heavy waves – that’s my biggest aspiration. Whether I’m world champ as a result of that, we’ll see, but as long as I’m chasing those competitive moments and pushing myself to the limit I’ll be fulfilled. A world title would be a bonus; an INCREDIBLE bonus!

RT // Where do you see yourself in another 5 years?
RH // In five years, probably a father, probably in West Oz with Leah and family, still obsessed with bodyboarding and waiting for the next fix of good surf; that will never change I think. It’s a lifetime addiction I’m sure, until I’m physically unable to do it.

Das dores e das feridas - Update


Ei-lo.
PS: Foi o amigo.

Das dores e das feridas


Vi há pouco as marcas de um violento beijo na areia de S. João. A vítima decidiu tirar, ela própria, a fotografia com uma webcam, o que contribuiu ainda mais para o estrondoso efeito visual. Ali está ele, pobre rapaz solitário, no conforto do seu lar, com uma ferida encarnada na testa e o ar tristonho de quem não tem sequer um amigo capaz de segurar na máquina fotográfica.

Há duas lições a tirar do acidente. E uma revelação no final.

Lição 1 - Não é verdade que o pobre rapaz não tenha amigos. Tem. Aliás, foi um deles, um dos melhores, companheiro de ondas e aventuras, que me mostrou a fotografia. Com um ar divertido, devo acrescentar

Lição 2 - Não é verdade que, apesar do ar tristonho, ele esteja triste. As dores passaram depressa. Acredito que tenha sido mais para a fotografia. Aposto até que, quando sair à rua, toda a sua pessoa se vai centrar naquela ferida, vai virar-se devagar quando o chamarem, para que a vejam, vai coçar-se na cabeça como nunca o fez, ali perto mas sem lhe tocar. Mais do que um arranhão, misturado com uma pancada (que, vai descobrir em breve, é capaz de dar um tom negro ao vermelho), aquilo é a prova definitiva de que passou para o outro lado. Para este lado. Ninguém, no seu juízo perfeito, se arrisca a ficar ferido/desfigurado apenas por gozo. Excepto, claro, se o gozo valer todo o risco. Dolorosamente, foi isso que ele compreendeu melhor hoje.

Revelação: O Cocas mostrou-me há pouco a foto do sapinho. Tão amigos que eles são.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Locais e outros ignorantes

Começo por dizer que o mérito não é meu, mas creio que o meu amigo Cocas não se importa que partilhe este saboroso pedaço de humor. Porque há coisas que são tão ridículas que se prestam mesmo a isto.

Riam alto

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

... a polémica do costume

Os Jogos na Costa da Caparica tiveram o condão de incendiar a net surfista. Porquê? Mais uma vez, os bons resultados vieram todos da malta do Bodyboard - Parabéns Rita, Hugo e Centeno - e mais uma vez a promoção foi toda feita para os rapazes das pranchas de fibra. O problema? Quando confrontados com as evidências, os rapazinhos das quilhas disparam as alarvidades do costume: rastejantes, sapos e, a mais divertida, frustrados.

Eu que para apanhar ondas até tenho um veículo que me permite dropar mais atrás, ir mais fundo e voar mais alto que a maioria dos 'quilhas' nas praias portuguesas é que sou frustrado? Mesmo que o mercado fashion não o reconheça, eu estou cada vez mais convencido que os Bodyboarders são a elite das ondas.

Rapazinhos que no pico assobiam para o lado cada vez que entra um set- há tantos em Carcavelos ... - , rapazes que apanharam a primeira onda há dois ou três anos ou que nunca exprimentaram surfar debaixo de uma Vaga de Frio, ou 15 dias depois de uma operação ao joelho não me dão lições sobre o que é ser surfista. O veículo que usam é-me indiferente.

O Surf está transformado num desporto de massas e, como sempre acontece, os seus praticantes tentam abafar todas as modalidades rivais. Cá em Portugal a missão é bem mais complicada. Porquê? Porque o nível de surf nas nossas praias é miserável - basta ver os resultados do melhor de sempre ... - e felizmente temos por cá alguns dos melhores bodyboarders do Mundo. Porque cá, enquanto os Bodyboarders entram nas grandes ondas a remar, os surfistas trazem a televisão, mas também a mota de água. Quem é a elite?



Bons tubos

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Viagens

Porra, vamos lá, vamos, vamos?...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Clássico

Fim-de-semana com mar glass. Mal aproveitado. Muito mal aproveitado. Para a semana, há mais.

Um spot, clássico

Waimea








Bons Tubos

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O regresso

"Imagine uma corrida entre Aquiles e uma tartaruga. Suponhamos que é dada à tartaruga uma vantagem inicial em distância. Aquiles jamais a alcançará, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela já terá percorrido uma nova distância; e quando ele atingir essa nova distância, a tartaruga já terá percorrido uma outra nova distância, e assim, ao infinito."

Não faz mal correr atrás de sonhos, mas é mau acreditar que todos se vão realizar.

Seaworthy

A banda sonora

A banda sonora ideal



Bons Tubos

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Wipeout



Bons Tubos

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Underground

Em fim-de-semana de visita à Praia do Norte - é pena que os o locais atrasados mentais existam em todo o lado - acabei por perceber o verdadeiro estatuto do nosso desporto. Na internet, os surfistas discutem a transmissão em directo das provas da ASP e a falta de dinheiro dos atletas de top. A discussão, próxima de parecer ofensiva, é estéril, mas mostra bem o nível a que o desporto chegou. Querem ser um desporto de mainstream e estão muito perto de o conseguir. A mim, parece-me triste.
No Bodyboard não há dinheiro para organizar campeonatos do mundo, há atletas de topo que desistem por não terem como sustentar a família e todos os anos só dois ou três conseguem patrocínios para lutar pelo grande título. A Rolling Stone, citada no DVD There is no i (Waldron Bros.), diz que é "one of the more underground sports of modern age".

Quem vê o filme, fica descansado. Onde interessa, no mar, o nível está alto. Seja nos picos australianos ou os putos de borracha experts na bomba da Nazaré - já disse que alguns dos locais são atrasados mentais? - todos os dias há quem entre no mar com uma tábua em PP. Antes Underground que fazer parte de uma tribo de vendedores de óculos de sol.



Bons Tubos

sábado, 27 de setembro de 2008

Há sempre mais uma onda




Para os leitores deste espaço que ainda não perceberam sou aquilo que o meu amigo XXX (Cocas aqui neste fórum) chama, entre outras coisas menos afectuosas, um "rookie".

É que ao contrário do meu amigo, não tive a sorte de ter "Paitrocínio" para comprar material quando, aos 15 anos, me apaixonei pela primeira vez pelo bodyboard, nem casa perto da praia.

É certo que lutei como pude para arranjar o dinheiro. Dois Verões a ser explorado numa padaria a receber pouco mais que metade do ordenado mínimo nacional sem horas extraordinárias (e se as fazia). Ora, estamos a falar de uma pré-hostória em que o ordenado mínimo nacional era à volta de quarenta e poucos contos e já havia pranchas a 50 contos (BZ Diamond). A clássica Mach 7 era qualquer coisa como 30 contos. (Tradução 250 e 150 euros, respectivamente). Ah, e pés de pato eram os Churchill Makapuu e os Redley. A 12 contos e oito contos respectivamente (60 e 40 euros...)

Contas feitas, nunca consegui reunir o material. E passados dois anos, desisti. Não tinha carro, não tinha companhia para ir para praia...enfim, desculpas, mas a verdade é que para paixão de adolescência dois anos não é prazo que se possa desprezar.

Foi preciso esperar 15 anos e um acidente para reencontrar o bodyboard. Tudo por causa de um estagiário tímido e despistado, acabadinho de sair da faculdade que tentava dar os primeiros passos na profissão do pai, e logo no meu pasquim.

Um dia, puxei o puto para o lado, expliquei-lhe uma ou duas coisas acerca de como funcionava aquele manicómio e mais alguns truques. No fim, ficámos amigos. Mas o que selou a amizade foi uma conversa em que ele me disse que fazia bodyboard.

Aquilo fez soar uma campainha que estava enterrada lá no fundo. Bodyboard? Ai é? Muita coisa tinha mudado naqueles 15 anos. Já tinha carro, dinheiro, e agora até tinha um "professor".

Entrei por uma loja adentro, a pior possível (pista: tem o nome de uma célebre região de ondas portuguesa) e de uma vez comprei todo o pior material possível. Mas estava feito.

De repente, estava em Peniche, onde o meu amigo tinha casa, e estava na água a realizar o meu sonho de puto.

Agora, preparo-me para varar o meu terceiro Inverno. Aprendi a fazer uns 360º manhosos e já consegui bater um par de vezes com categoria num lip. Ainda sou um bocado marrequeiro (ainda não passei de metro e meio em São João da Caparica) mas já sei que nunca mais vou largar "isto". Talvez daqui a uns anos tenha de aprender a surfar em longboard, mas as ondas, essas, nunca mais as vou largar.

Agora, daqui a umas horas, preparo-me para outra estreia: mais uma vez, pela mão do meu amigo vou surfar na Praia do Norte. Já lá estive um par de vezes como espectador, uma delas naquele épico Special Edition do ano passado. Amanhã, como marrequeiro que sou, espero fazer umas de metro e ficar feliz. Afinal, metro na Praia do Norte deve estar, esperemos, no meu limite...

Encontrei um pedaço da minha adolescência e estou cheio de vida, viciado no mar e neste fantástico desporto. E tudo graças ao meu amigo. Bendita a hora em que o puxei para o lado para lhe ensinar como se sobrevivia naquele pasquim. Em troca, ele deu-me um mundo e um irmão.

Enfim, lamechices à parte, desejem-me sorte para daqui a bocado. Afinal, vou escrever mais um capítulo desta história.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Centeno



Manuel Centeno não venceu no Lagido, mas o segundo lugar atrás de Hugo Pinheiro deixa-o bem colocado para manter o título europeu nas águas nacionais. Entre os próximos dias 21 e 23 de Novembro, em Tenerife, disputam-se as últimas ondas para encontrar o sucessor de Silvano Lourenço. Não é novidade que temos o bodyboard de melhor nível na Europa, mas é sempre bom continuar a coleccionar títulos. Ao Centeno basta-lhe chegar à final para trazer mais um título para Portugal. Um prémio justo para o mais profissional dos bodyboarders nacionais.

Nas senhoras correu tudo pior e a Rita Pires, acabadinha de chegar de uma surf trip ao México, não conseguiu a desejada vitória. Um vice-campeonato com um sabor amargo, mas em boa companhia. Foi a francesa Heloise Bourroux quem ficou com o currículo mais rico, mas fê-lo estando cercada por portuguesas. Catarina Sousa e Joana Schekner, ficaram, respectivamente, em 3º e 4º lugar e prometem mais luta para o ano.

Bons Tubos

domingo, 21 de setembro de 2008

Limites II

O meu companheiro de ondas e blogue veio discutir a minha opção pelo Mitch Rawlins quando se fala de gajos a explorar ondas novas e alargar os limites do surfável. Ok, sem mais palavras, deixo este documento.

PS: Podem usar vernáculo nos comentários :)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Limites

A propósito de uma conversa que tive neste espaço sobre diferentes abordagens ao bodyboard e a possibilidade que as nossas pranchas de espuma têm na exploração dos limites da onda em toda a sua tridimensionalidade (fora, dentro e acima) estive a pensar em alguns dos homens que transformaram o desporto "das rodinhas" como diz o meu companheiro de ondas e de blog, Cocas. Os nomes de Sean Virtue, Brendon Newton, Mike Stewart (claro) vieram-me à memória. E depois, lembrei-me de outro rapaz. Vejam lá se conhecem.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Surfar com os Metallica

Em 2004 a sorte grande saiu a Robert Trujillo. Não ganhou o Euromilhões, mas foi aceite numa banda onde lhe ofereceram 5 milhões de dólares só para se habituar à ideia de ser um dos membros dos Metallica.

Com Death Magnetic, o primeiro disco em que trabalhou desde o início, Trujillo falou à Rolling Stone. Como conseguiu ser chamado para a audição? No surf ...

in Rolling Stone

Rolling Stone: Do you know how you got on that list?
I'm not 100 percent sure. I think it was a combination of things. One was I toured with Metallica, with Suicidal Tendencies. That's where I originally met everybody. And less than a year prior to me receiving the call, a mutual friend of Kirk's called and said, "Kirk and I are coming down with some friends. Can you show us some surf spots around L.A.?" I thought that was neat: that Kirk, the vampire I knew, the nocturnal man, was ready to explore daylight and surfing in Southern California. He was in an RV with three friends. We spent a weekend hitting different spots.

Robert Trujillo: The whole thing, at least from what I understand, was they each had people they wanted to bring into the auditions. I became Kirk's guy. From my understanding, Lars wasn't aware of much that I had done. [In addition to playing with Suicidal Tendencies, Trujillo toured and recorded with Ozzy Osbourne and worked with Alice in Chains guitarist Jerry Cantrell.] I don't know where James' head was at.


(...)

RS: You joined at a tumultuous time.
RT: It was intense. I had to learn the catalog of music, 22 years of music. And I had to learn the St. Anger album. "We've never played this material as a band, but you've gotta learn it. And your first gig is going to be at San Quentin State Penitentiary." [Metallica filmed a video for St. Anger there.] It was almost like I lived at the studio then. The guys would leave at 11 PM, and I would be there until two or three in the morning, just trying to do the best I could.

It's like you're caught inside a massive set of waves. You get thrown, you're down under, and you come back up again and get thrown around some more. Now I feel I've come out and seen the light of Metallica. I feel more comfortable with the catalog. But I also feel more comfortable with the guys. We've grown together, connecting on tours past, knowing how each personality clicks. You gotta know how to balance each person, because they're so different.


A banda sonora para a próxima surfada a doer já está escolhida. Resta encontrar as ondas certas

The Day that never comes



Bons tubos

domingo, 14 de setembro de 2008

the greatest moment in alternative sports history

No Bodyboard a coroa está entregue. No trono para o maior de todos os tempos, está sentado Mike Stewart, o rei de Pipe. No surf, já há quem diga que está a ser levado ao colo até ao título, mas eu continuo a achar que Kelly Slater é mesmo o melhor de sempre. Michael Jordan, Michael Schumacher, Tiger Woods, Roger Federer, nos desportos de massas, também não se cansam de receber prémios.

Num desporto geneticamente marginal, há outro fenómeno: Tony Hawk. Cresceu com a modalidade e com o passar dos anos tornou-se o seu principal embaixador, a sua cara pelo mundo fora. Há quem salte a muralha da china e quem complete sequências inacreditáveis em street, mas no skate o trono também já está entregue. Fiquem com, nas palavras do jornalista do ESPN, "the greatest moment in alternative sports history"

Aerial 900º by Tony Hawk



Bons Tubos

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nova época

Durante anos o bodyboard foi visto como o desporto das rodinhas e das ondas pequenas. Mike Stewart, Ben Severson, Eppo, Paul Roach e companhia tiveram de lutar para ganhar o respeito nas águas que até essa altura eram, quase exclusivamente, das pranchas de fibra. Para vencer o preconceito, os bodyboarders começaram a ser avaliados pela altura a que conseguiam elevar as polémicas tábuas. Se antes tinha sido Mike Stewart a conseguir um lugar nos dias de gala em Pipelinw e Ben Severson a passear no fundo dos tubos, a primeira época aérea do bodyboard foi dominada pelo aussie Eppo. Até chegarmos à epoca das bolhas impossíveis de surfar e dos saltos acrobáticos em pedregulhos australianos, foi um salto.

Nos últimos anos, os melhores bodyboarders tem ignorado a linha na onda. Até agora, salvo raras excepções, pouco se ligava ao estilo com que se surfava. Estamos a entrar numa nova fase. Há uns meses na Movement, o Ben Player avisou que tinha chegado a altura dos surfistas bípedes começarem a tentar saltos mais complicados e dos bodyboarders se começarem a preocupar com o estilo na onda. Meses depois, a Vert copiou a ideia para falar de Fluidez. Nessa altura, meti aqui um filme da NMD TV com o Ryan Hardy. Agora descobri outro. Um tal de Joe Clarke que além de ter uma linha anormal, ainda consegue provar que o bodyboard em ondas pequenas também funciona. Uma nova época?

Boom



Bons tubos

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A vitória do Underdog

Nos filmes de Boxe, há uma regra de ouro: o vencedor é sempre o pugilista mais fraco. A fúria do David contra o Golias, dos pequenos contra os grandes ou dos pobres contra os ricos, justifica as vitórias que deram milhões aos estúdios de cinema americanos, mas também os heróis da história do Mundo. Lutam contra o adversário e contra as probabilidades, mas vencem. Os Underdogs.

Guilherme Tâmega nunca foi estrela. Foi o primeiro a derrotar o tio Mike Stewart, dominou o campeonato durante anos a fio e até venceu três títulos mundiais, mas nunca conseguiu ser A vedeta. Não nasceu nas ilhas mágicas nem no continente de Shipstern's. A primeira vez que respirtou, estava no país mais violento da América do Sul. Favelas, miséria e umas marrequinhas do outro lado da estrada foram suficientes para o moleque se fazer bodyboarder. Hoje vive no Hawai, mas recusa sempre que os americanos lhe sugerem a troca de nacionalidade. Agora, os tempos em que nem tinha patrocinadores para correr o Mundial ou em andava nas guerras na IBA servem de motivação para este ano acrescentar mais um título ao currículo. Com o passar dos anos, Tâmega tinha passado de campeão a ignorado, mas este ano regressou como Underdog. Com ele, traz uma prancha com um slick que provocou gargalhadas e vontade de conseguir a sua maior vitória.


GT




Bons Tubos

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Parabéns Saca. Foi uma boa carreira!

Hoje sou obrigado a dar os parabéns ao Saca. É obra conseguir ser o primeiro português a entrar para o WCT e ainda conseguir vencer um heat ao Kelly Slater. A cabecinha impede-o de ir mais longe, mas mesmo assim fez uma bela carreira. Agora, chegou a altura de abrir uma surfshop na Ericeira e ir vender t-shirts da TMN nas praias durante o verão. Afinal, até já tem boas histórias para contar aos putos.

Heat Scores
Wave/Wave singlet plc pts name from
Red 2 15.26 ENEKO ACERO EUK
White 4 11.34 GAVIN ROBERTS ZAF
Yellow 3 11.70 TIAGO PIRES PRT
Black 1 16.00 DREW COURTNEY AUS


Na Praia Grande continua a grande prova do fim-de-semana. Nos quartos-de-final, vai ser bom ver os ex-campeões do mundo Guilherme Tâmega e o Mike Stewart contra os tugas Hugo Pinheiro e Silvano Lourenço. Só é pena o webcast e os comentadores serem tão fraquinhos. Será que o facto do evento estar nas mãos da FPS influencia a falta de investimento? Ah, já sei. O problema é que no mesmo fim-de-semana há uma prova da segunda divisão do surf mundial. OK, eu percebo...




Bons tubos

Fluidez

Anda por aí muito boa gente a discutir o que é ter Fluidez no surf.

Aqui fica um exemplo, para servir de inspiração antes de um fim-de-semana de ondas.

Boom



Bons Tubos

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Porque às vezes...

Porque às vezes, mesmo quando corre mal, o bodyboard continua a ser espectáculo


Arica Chilean Challenge 2008 - WIPEOUTS (From the DVD) from Ernesto Guevara on Vimeo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Super





O caminho desde o carro até à água é longo. Não importa que sejam 500 metros ou 5 metros. O fato vai enrolado e o peito esbranquiçado à mostra, realçando as linhas bronzeadas nas mãos e no pescoço.

Os ignorantes chamam-lhe bronze de camionista ou outras coisas que tal, mas a verdade é que estas marcas são a inveja dos iniciados que não dispõem desta fortuna de mais de de trezentas manhãs livres por ano.

Sim, o fato vai aberto porque é verão mas o caminho é tão longo... Nesta altura do ano em que as ondas são tão escassas, um dia como este, com o vento e a ondulação certas para fabricar aqueles tubos pesados e ocos é uma raridade que roça a miragem. Mas estes não enganam, se não os nativos não teriam baptizado este local de "Supertubos".

A única coisa ilusória aqui é mesmo o tamanho da onda. Se estiver perfeito, do parque de estacionamento parece sempre mais pequena e dócil. Ainda me lembro da primeira vez que ali entrei. Tenrinho, ainda mal sabia apanhar umas ondas na Costa da Caparica, olhei para o mar e pareceu-me "acessível". Esfomeado de mar, fui a correr equipar-me e mal dei por mim, estava a entrar.

Devia ter-me apercebido que algo estava errado assim que a primeira espuma me bateu no corpo. Não estava preparado para o impacto e quase caí para trás. Mesmo assim avancei, com a confiança abalada, é certo, mas avancei.

A remada até ao pico não foi difícil. Sentei-me na prancha e esperei. E, de repente, a suspeita do disparate atingiu-me com muito mais força que a primeira espuma: um monstruoso animal espreguiçou-se, o gigantesco lombo a ondular na minha direcção. O horizonte subiu de uma vez e aquela onda rolo compressor aproximava-se.

Ainda olhei, meio incrédulo por um segundo ou dois e depois comecei a remar a toda a velocidade para passar por cima do que aí vinha antes que o animal abrisse a boca...passei.

Tentando não entrar em pânico, tão preocupado em não deixar transparecer que era um puto metido num campeonato de homens como em, pura e simplesmente, não sair dali afogado, deixei passar mais alguns daqueles grandes espamos de água, esperando pelo fim dos set e de uma providencial ondinha que me tirasse dali.

Escolhi uma ponta de um triângulo de água e tentei apanhar a onda. Mais uma surpresa: o que na Costa são rampas gordas e generosas, ali são substituídas por buracos que transformam mesmo a onda mais pequena numa parede alta e íngreme.

Quase por reflexo puxei tudo para trás: prancha, corpo e alma.

Ainda mal refeito da surpresa, olho para trás e ia ficando sem ar: o horizonte voltava a subir mais uns palmos e eu estava em plena zona de impacto, apanhado a meio caminho entre a areia e o pico. Comecei a remar que nem um condenado. E nunca esta expressão caiu tão bem.

A parede de água verde-acinzentada caiu em cima de mim com uma força como nunca tinha experimentado. Um cruzamento de qualquer coisa como ser atropelado por um carro a alta-velocidade e o ser lançado numa máquina de lavar roupa.

As pernas passaram-me por cima da cabeça, o braço esquerdo não o sentia e o direito parecia estar a ser arrancado pelo chop que me unia à prancha. Passaram-se alguns segundos que me pareceram uma eternidade até respirar.

Levantei a cabeça daquele turbilhão apenas para ver outro animal dar o bote. Mais uns segundos de agonia e falta de ar para, milagrosamente perceber que tinha sido arrastado para a beira do areal.

O alívio...e a vergonha. Ainda meio torto e desequilibrado, marchei dali para fora tentando manter a compustura diante dos poucos inquilinos acidentais do areal invernoso. Percebo que ainda não estava maduro para uma onda de reputação mundial. Rápida, técnica, exigente, pesada são alguns dos adjectivos que ouvi mais tarde a propósito da onda dos Super, sempre invocada com um misto de entusiasmo e respeito.

Quase dois anos depois, com mais alguns sustos e outras tantas pequenas glórias no currículo voltei ao campo de batalha, mas isso é história para outro dia...

Um bom surfista...

"Um bom surfista tem de saber lidar com todas as condições"


(Ben Player sobre o Mundial da Praia Grande in Record)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Por falar em espírito...

O meu amigo Cocas passa a vida a dizer-me que não tenho alma a surfar. Não sei. Mas se querem uma lição do que é isso, então é simples: copiem este url para os vossos browsers. Não vão ver Teahupoo com 4 metros nem gajos a mandar 720º aéreos nem Rodeos. Não, é algo muito mais radical, prometo.


http://www.wetsand.com/article.asp?locationid=7&resourceid=12703&ProdId=0&CatId=2326&TabID=2326&SubTabID=0

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Espírito Olímpico e não só




"As minhas pernas estavam a pedir caminha" é a frase que mais me fez rir e indignar nos últimos dias. Tudo ao mesmo tempo.

Depois, ouvi Vanessa denunciar o óbvio, que houve quem fosse a Pequim passear.

E, por último, um Gustavo Lima amargurado, dizer que não estava para "ler na internet" que estava a gastar o dinheiro dos contribuintes. E que não era assim que se motivavam os atletas.

Uma sugestão: elevem o bodyboard a modalidade olímpica.

Ok, agora a sério: O desporto de alta-competição não é fácil, requer esforço, dedicação.

Mas eu pergunto, usando um exemplo que conhecemos: nós que madrugamos, arrastamo-nos até à praia para, se tivermos sorte, vestir um fato frio e molhado (sinal que temos tido muitas ondas), para nos metermos num mar que, no caso de alguns "doidos" pode muito bem ser fatal (esta é para o porkito, Faustino, Jesus e outros malucos...) Não conhecemos esses conceitos "estranhos" do esforço e dedicação?

Ah, não é comparável. Mas é. Porque estes e outros malucos, com pranchas grandes, pequenas, com e sem quilhas, fazem tudo por ondas?
Não precisam de que os "motivem", e os que ganham algum dinheiro com a sua paixão (são tão poucos) ganham tanto ou tão pouco que não podem pensar em viver das ondas (as excepções são tão poucas e tão remediadas...).

Então imaginem se os desportos de ondas fossem olímpicos. Acham que íamos ouvir o o Centeno, o Silvano, o Pinheiro, o Saca, a Sousa e a Pires queixarem-se de falta de motivação e apoio?

Não, pois não? E eu digo porquê: porque AMAM o que fazem e têm de sobra o que parece faltar no desporto dito de alta-competição. Têm espírito. O tal, o olímpico.

Sabem que mais? O Barão de Coubertin, se fosse vivo nos nossos dias, andava a apanhar umas...

sábado, 16 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Pelos olhos da Forbes

Big Wave surfing, visto pelos olhos da Forbes.




Bons Tubos

Uma questão de poder

Devia ser um direito consagrado ter direito a passear alguns minutos por dia no You Tube a ver filmes de ondas.

Há mais filmes de Surf. São melhor produzidos, com MUITO melhor banda sonora e só aparecem artistas com ar de estrelas de cinema. Depois é inevitável acabar a ver filmes de Bodyboard. Subitamente, desaparecem as surfadas de final da tarde e os planos nostálgicos. Aparecem pedregulhos, ouve-se punk e começam a voar artistas.

No Surf as ondas são usadas para passear, os melhores arriscam uns saltitos, mas todos ficam contentes quando fazem um cutback a levantar água. É mau? Não. Longe disso. Há por ai muito surfista a merecer respeito. Os bodyboarders de topo só têm dois objectivos: ir mais fundo e ir mais alto. Há alturas em que acho que lhes falta respeito pela lei da gravidade...

Jeff Hubbard e Ryan Hardy



As ondas são transformadas em rampas de lançamento e nem a possibilidade de aterrarem em pedregulhos crivados de ouriços atemoriza os bravos pilotos de aviões com 41.5 polegadas de PP.
Ao surf, começa a faltar a alma. Muitos milhões, muitos profissionais mas cada vez menos defensores do verdadeiro soul surf. É pena. Ainda assim, há bravos surfistas que resistem e continuam a arriscar o pescoço à procura da SUA onda.

Há uns que a encontram.

Manoa Drollet


Deitados ou em pé, a voar ou à procura do tubo mais profundo na água há uma raça de gente que parece adivinhar o que a onda vai fazer e que consegue aproveitar tudo o que o mar oferece. Com a mesma naturalidade assustadora, surfam bolhas, ondas do tamanho de prédios ou brincam em tubos que parecem centrifugadoras. Nesse campeonato não há vencedores.

Cyclops


East Coast




Bons Tubos

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Guilherme Tâmega

Lembro-me do nascimento da Lazer, a primeira marca de pranchas de Bodyboard nacional. Estava a dar os primeiros passos nas ondas e tinha chegado a altura de comprar uma prancha mais a sério. A Mach 7X, estava estafada, com o Deck vincado oslick partido e com raspões por todo o lado, já pedia descanso e eu fiz-lhe a vontade. Na loja ofereceram-me uma Lazer, azul bebé, slick branco por pouco mais de vinte contos, a TÂmega - a clássica branca, preta e roxa - custava 45 contos, a tábua mais cara do mercado. O pai, até hoje o meu único patrocinador, ganiu, mas lá bancou aquela que até hoje é a prancha de que guardo melhores recordações. Foi o melhor negócio da minha vida: na praia vinquei duas Lazer em outras tantas ondas e nunca consegui destruir a GT.
Com ela apanhei o maior mar da minha vida - hoje surfar mais de dois metros nos Super é, para não dizer impossível, difícil -, fiz o melhor tubo da minha vida - se for à Indónesia pode ser que reformule este post - e saquei o mais alto aéreo de sempre - este é oficial, nunca mais se tem a elasticidade dos 16 anos. Vendia-a e até hoje procuro uma substituta à altura.

O respeito pelo seu dono, ficou até hoje e nem se deve à prancha, aos quatro títulos mundiais ou ao facto de ainda continuar a distribuir lições a muitos australianos - espécie pela qual eu nem nutro especial simpatia. O respeito vem da clareza do discurso e do facto de ter sido o primeiro a mostrar ao Mundo que o Mike Stewart podia ser destronado.

Aproveitem e prestem atenção à conversa sobre o "Rei"


PAPO RETO - GUILHERME TÂMEGA from Ronald Lima on Vimeo.

Bons Tubos

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sonhar com o sombrero na cabeça

Um gajo infinitamente mais experiente do que eu nestas aventuras das ondas disse-me que "com metro e meio, em Puerto Escondido, morres afogado; aquilo movimenta muita água. Já surfei Supertubos grande, Nazaré grande, e aquilo é diferente..."

É pá, não duvido do homem, mas um gajo tem de ter objectivos na vida

Sonhemos

sábado, 9 de agosto de 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sou preto, judeu e homossexual. Sou bodyboarder.




Toda a minha vida tive uma posição hostil mas distanciada relativamente ao racismo. Repudiava o conceito mas não o entendia. Não tinha razões para isso: era branco, católico, classe média, heterossexual...enfim, felizmente nunca senti na pele qualquer tipo de discriminação.

Detestava o racismo porque me parecia um conceito disparatado aquele de avaliar as pessoas pela cor da pele. Não digo que sempre fui bacteriologicamente puro ao mesmo, não sou hipócrita e fui criado no Portugal pós-guerra colonial com tudo o que isso implica. Mas desde que me lembro de toar uma posição intelectual a esse respeito, sou contra. Visceralmente contra.

Mas só desde que me dediquei ao bodyboard é que percebo o que é isso da discriminação. Não me arrogo de o conhecer como um negro ou um homossexual, mas parece que, a algumas pessoas, o facto de descer ondas mais ou menos deitado numa prancha curta e sem quilhas os repugna e os ajuda a fazer um juízo de valor sobre mim.

Aqueles de vós que pertencem aos felizardos que sabem o que é isto de surfar uma onda, sabem perfeitamente do que estou falar. Mas para aqueles que estão de fora deste mundo líquido e pensam, como eu pensava, que isto éum fenómeno mais ou menos localizado e marginal, tenho uma notícia para vos dar: não é.

A coisa está de tal forma enraízada na mente de alguns, que encontra eco no melhor surfista (com quilhas) de sempre em Portugal e que, inclusivé, não tem pejo de o divulgar num dos jornais de maior tiragem do país. Um acto irreflectido de um jovem que surfa muito bem mas que, até por começado a descobrir as ondas numa bodyboard, não o favorece.

Mas após um dia ou dois de irritação, ignorei a tal entrevista. Não interessa que tenha passado meses a ouvir a mesma conversa nas praias deste país. No meio de muita ignorânci até ouvi sinais de esperança, de pessoas que, independentemete do veículo de ondas que usavam, repudiavam aquele "disparate". Que raio, mais ou menos na mesma altura, Kelly Slater, provavelmente, o melhor surfista de todos os tempos elogiou o bodyboard...

Mas, repito, não tenho nada contra o rapaz que "Sacou" aquelas declarações sobre "patinhos". Ninguém é perfeito e não é por o Cristiano Ronaldo ser um puto semi-analfabeto que vou deixar de aplaudi-lo por fazer o que ele faz melhor. O mesmo se passa com esse surfista, o único português no top-45 da ASP.

Também não me chateio com colegas e amigos que, por desconhecimento, me perguntam coisas como: "Mas isso do bodyboard é mais fácil, não é?" ou o brilhante "Isso não é só em ondas pequenas?" ou então o inacreditável "Pensava que era para os putos que estão a aprender a fazer surf..."

Não, não me chateio. Agora, leva-me à loucura ouvir uma reportagem na cadeia de televisão financiada pelos meus impostos em que a repórter, que sei que até já trabalhou, em tempos, para uma empresa promotora de campeonatos de surf, dizer qualquer coisa como "Tiago Pires só perdeu o medo do mar quando largou a prancha de bodyboard" (???!!!)

Porra, nunca tinha sentido na pele o que é isto do racismo, mas acho que só na Alemanha nazi se podia observar certas mensagem discriminatórias espalhadas pelos meios de comunicação do Estado. Se a repórter tivesse dito que "Os negros e os judeus não são humanos" o país tinha (espero) urrado de indignação. Felizmente, como estamos a falar de coisas bem mais comezinhas, isto passou tranquilamente.

Mas, com tudo isto, e como não penso largar a minha prancha de bodyboard para "deixar de ter medo do mar", acho que vou continuar mais ou menos negro, judeu e homossexual.

Já vos tinha dito...?

Correndo o risco de soar repetitivo ao dizer que o Mundial de Arica está a decorrer, deixo Mike Stewart, Hubb, Rawlins, Pinheiro, Jesus, McCarthy, Tâmega e cia. falar por mim

Enjoy


Arica Chilean Challenge - Tag Team Challenge from Rhyees W on Vimeo.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A onda

É disto que - em pé, deitados ou à vela - andamos todos à procura. É por isto que aguentamos o frio, as porradas e o crowd. É por isso que hoje sou agarrado às ondas e duvido que alguma vez tenha apanhado uma sequer com metade do tamanho desta.



Bons Tubos

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Arte líquida

Quando um filme de bodyboard começa a ser arte


Wayne's Addiction from FLAMES YATES on Vimeo.

É nosso por direito

A ausência de ondas na costa portuguesa não nos tem impedido de reclamar o que é nosso por direito: o mar.
Algures pela Indonésia, o Saca (essa figura que me é pouco simpática) limpou o Slater e mostrou que o talento para ficar entre os 45 primeiros do Mundo está lá. Tenho dúvidas se terá a mentalidade necessária para se aguentar num campeonato com pouca alma, mas o recado ficou dado: surf não lhe falta. Do outro lado do Mundo, nas praias de Marrocos, Manuel Centeno venceu mais uma etapa do Europeu de Bodyboard, subiu ao primeiro lugar do ranking e prepara-se para ocupar o lugar que outro português, Silvano Lourenço, pode deixar o de campeão europeu. Convém não esquecer que já este ano, sem ninguém dar por isso, a Rita Pires foi a Pipeline ficar em segundo lugar na competição feminina. A prova nem contou para o Mundial de Bodyboard - maravilhas de um desporto que insiste em ser desorganizado e amador - mas a moça da Costa da Caparica brilhou no maior palco do Mundo. Ah, e depois ainda houve aquele pequeno campeonato ali na zona da Nazaré, o Special Edition, que até mereceu honras de World Press Photo.

O Havai até pode ser a terra dos melhores surfistas e a Austrália o país onde os bodyboarders se lançam nas maiores bolhas, mas no resto do Mundo não há quem se chegue perto de nós. Os brasileiros têm o Tamega e o Rob Machado, os Franceses têm o Pierre Louis Costes e o Jeremmy Flores, e eu, sinceramente, quero é que eles se lixem. Sem euros, com patrocinadores de mentalidade tacanha e sem mercado para sustentar 'starletes' os nossos Homens do mar continuam a fazer o seu caminho.

Parabéns a todos ... até ao Saca

Um dos melhores campeonatos da história

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Super



Bons tubos

PS: RIP Saca

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Quem segura o velhote?

Na prova em que o menino Saca levou mais um saco - acho que já começou a preparar a conversa para a TMN: o WQS é igualmente bom e até vou ter mais tempo para andar nas praias a brincar às estrelas do surf ... - o Kelly Slater voltou a mostrar que enquanto lhe apetecer é imbatível. Limpou o campeão e reforçou a liderança no Mundial. Quando aparece alguém capaz de segurar o velhote? O Saca, parece que até lhe ganha na PS, o Fanning e o Irons já conseguem dar luta, mas e derrotá-lo?




Bons tubos

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dia 1

Bodyboard em cima do calhau e de um nível absurdo.

Dia 1



Bons tubos

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Os tubarões




A nata do bodyboard mundial está em Shark Island. A mais emocionante onda do circuito (Pipeline este ano não foi brilhante) é o prémio mais apetecido do momento e os pros estão a puxar dos galões. Basta atentar ao alinhamento dos quartos de final...

Baterias dos ¼ de Final :

Heat 1
Guilherme Tamega
Jonathan Vega
Oliver Herrera
Pierre Louis Costes

Heat 2
Mark McCarthy
Airam Cabrera
Ryan Hardy
Amaury Laverhne

Heat 3
John Showell
Mike Stewart
Christian Riguccini
Magno Oliveira

Heat 4
Mitch Rawlins
Max Arent
Dallas Singer
Ben Player

Todos grupos fortíssimos mas o quarto grupo é, realmente, um "grupo da morte". Só é pena que não haja portugueses. Mas, repito, vai ser uma prova do caraças!

sábado, 5 de julho de 2008

Dentada de Shark (Island)




O nosso Hugo Pinheiro perdeu na primeira ronda em Shark Island. Uma porra. Terceiro lugar num heat em que venceu o fenómeno Mitch Rawlins e o eterno Mike Stewart em segundo, não é vergonha para ninguém, mas parece-me que com isto o sonho de ver o nosso mais bem cotado atleta no ranking IBA andar na luta pelo título não vai passar disso mesmo, um sonho.

Bem sei que ainda aí vem a Praia Grande e tal mas...

Enfim, agora resta-me torcer para que ganhe um dos (outros) meus favoritos: Hardy, Pierre ou Ben Player.

PS: Quinta e sexta estive de folga e aproveitei para sacar o meu primeiro "rollo" digno desse nome, no campo de tiro, no Baleal, com metro no sets e quase ninguém na água. Uma sessão épica. Aproveitando a deixa do meu amigo Cocas no post anterior, aí durante quase 5 horas estive no "top ten" mundial porque me diverti para c...!

Boas Ondas!

terça-feira, 1 de julho de 2008

A alma da coisa

Vivem-se tempos duros. Não é pelo preço do gasóleo, pela Euribor ou pela equipa merdosa que o meu Benfica está a escolher, tão pouco é pelo excesso de trânsito ou pelo absurdo preço do estacionamento em Lisboa. É a falta de ondas que me tem atormentado. Quando há mar, não posso ir, quando posso ir, não há mar e, a última vez, havia mar, eu podia ir e o Esponja decidiu ficar com os "cornos na palha". Definitivamente, não ando são bons tempos. Tal como na água, espero tranquilamente por melhores tempos.

Bem sei que tempo passado fora de água tem os seus custos. As manobras emperram, a resistência física diminui e até a disposição piora. É triste passar um mês ou dois sem ir à àgua e depois, quando chega a altura de matar as saudades, falhar o timming para escavacar um lip, para conseguir sair de um tubo ou para completar o mais rudimentar dos 360º. Haverá alguma coisa mais desesperante que falhar um 360º? Há. Dar por mim a pensar em bater com a cabeça na areia, ser atropelado por um surfista de quilhas afiadas ou discutir prioridades com um local atrasado mental como boas recordações é bem mais irritante que qualquer manobra falhada.

Tenho saudades de surfar com amigos, entre gargalhadas piadas, sol e apostas de bivalves. Sem preocupações de quem surfa mais, se há alguém a fazer comentários ao estilo de surf ou a fazer comparações com os restantes "irmãos" na água. A Alma, a peça mais importante do equipamente de um bodyboarder, tem de ser esta. O grave, em estar mais de um mês a seco, não é ficar a surfar pior, mas sim, simplesmente, não surfar.

Já surfei bem mais do que surfo hoje. Era puto, de borracha, na faculdade não tinha faltas e a gasolina até era bem mais barata, mas não era tão bom como sou hoje. Vivia obcecado com manobras, em surfar a maior onda do dia e até passei por uma fase em que era facilmente irritável. Nessa altura, quase desisti do Bodyboard, mas com o tempo aprendi. O Quilhas diz-me, citando um primo qualquer, que o melhor surfista do mundo é o que mais se diverte dentro de água. Hoje, estou certamente no Top IBA e quanto mais tempo passo fora de água, melhor fico.

Bora Pinheiro ...




Bons tubos