quinta-feira, 31 de maio de 2007

Novidade


Que a The Surfer's Path é excepcional, já sabia. Que não é à borla, também. Mas por um mês, Junho, vai continuar a ser excepcional, mas grátis. Melhor ainda, amiga do ambiente. Pior: em Julho volta a ser paga. Até lá, é de aproveitar.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Para matar saudades

A vida não anda fácil. Não há ondas, há trabalho e não sobra tempo livre. Umas ondas para matar saudades.






Enjoy

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Eu não queria

Eu não queria. Mas ...






Bons tubos

A máquina

O meu amigo Cocas garante que este moço, Brenden Newton, é uma das "máquinas que anda aí". Aqui, merece um dez pelo esforço.

Um grande momento...

A picada do mosquito

Voa baixinho, mas pelo menos voa direito. Uma salva de palmas para o Mosquito.



Stand up, please.

Será que é desta?!

O quê?!?! Desculpem? Ars numa prancha de Surf? Backflip em prancha de Surf?






Só pode ser mentira ... Será que vão (finalmente) deixar de fazer campeonatos só a andar para cima e para baixo, para trás e para a frente nas ondas?


Bons tubos

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Vamos lá tentar sobreviver ...

O que se diz aos amigos que entram na água ao nosso lado? "Bora", "Boa sorte", "Vamos lá fazer umas", "Chega-lhe", "Cuidado com a lage", "Quem sacar o maior tubo paga o almoço", ... Estou convencido que há duas frases que são obrigatórias antes de enfrentar o Wedge: "Vamos lá tentar sobreviver" e "Tenta não comer merda".



Será que vale a pena?


Bons tubos

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Para ir à praia...

GP, Caparica 2007

... e não surfar, mais vale dar um salto à Costa de Caparica e ver ao vivo e em primeira mão os futuros meninos e meninas do WCT. Nunca se sabe se, daqui a uns anos, não vamos estar a dizer aos nossos filhos algo como: "O Garret Parkes? Vi-o a surfar na Caparica há muitos anos. Sim, filho, a Caparica era uma praia que existia perto de Almada..." Se houver muito trânsito, basta dar um salto aqui

É só contar as rodinhas

O título mundial do Jeff Hubbard só pecou por tardio. Em 2005, data do filme, já ele era de longe o melhor dentro de água e o único a jogar numa divisão à parte. Não se deu bem nos campeonatos e o Ben Player e o Mitch Rawlins souberam sempre aproveitar bem os brindes. Eles até podem andar em ondas pouco recomendáveis para quem tenha amor ao corpo, até podem ser completamente alucinados, mas será que se podem apresentar como os melhores do mundo? Humm ... É só contar as rodinhas do Hubb para perceber que não ...



Enjoy

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Poro...quê


Passou na SIC, está na Surf Portugal e também aqui no Correio da Manhã. Claro que estão lá expressões tão engraçadas e habituais como "crista" e "vagalho", mas vale a pena ler. E espreitar as fotos deste estranho pico.

Guerreiros de Peniche

A entrada, logo a seguir à rotunda, não engana. Por ali, há Supertubos. Também por ali, há ondas que com mais de um metro e meio se tornam inacessíveis para a maioria dos homens das ondas. Em pé ou deitados, só os bravos se arriscam numa onda de que todos falam com à vontade, mas que poucos conhecem por experiência própria. Eu já tive a felicidade, e também a infelicidade, de conhecer todas as facetas da praia mais conhecida do país. Por isso, ganhei um respeito especial aos Guerreiros de Peniche.




Pequeno, grandinho ou gigante lá estão eles, sempre com mau feitio e sempre prontos para lançar um grito de aviso aos mais distraídos. Ali não se perdem ondas, dificilmente os lips sobrevivem para contar a história e se o tubo abrir o mais certo é eles andarem lá por dentro. Quando está grande, daqueles dias em que aparecem misteriosas dores nos joelhos, o espetáculo, a partir da areia, é garantido. A inspiração é que pode ser perigosa.

Bons tubos

... mais longa é a razão que a sustém


Quem, como o Cocas, abre um post da forma que ele o fez não merece mais do que aquilo que teve. Ondas moles, sem lip e com muitos amiguinhos a bater as perninhas ao lado e a gritar "oi, oi". Acredito que nesta coisa do mar, e das ondas que teimam em empurrar-nos para terra, há muito de 'karma'. Os britânicos gostam de dizer que "what goes around, comes around", tipo boomerang de sentimentos e acções que rege as nossas vidas e o nosso surf. Por isso - e por ser velhaco ao ponto de estar a vestir o fato e a pegar na prancha e nas barbatanas azuis e amarelas e sempre a pensar no Quilhas, que vai ficar em terra - o Cocas teve o que merecia. Já o Quilhas, obrigado por motivos profissionais a uma deslocação de urgência para longe da base, passou o fim de semana todo a pensar nos amigos, como o Cocas, que estariam a divertir-se ao máximo e a aproveitar todas as ondas. E ficou contente por eles. Aplicando aqui a lógica do karma, no sábado nem sequer vou ter de dar a volta do costume para encontrar as melhores ondas. Visto o fato, pego na prancha e vou a pé para a minha praia. Vai estar perfeito.

terça-feira, 8 de maio de 2007

A espera é longa

Mais um fim-de-semana em que o Quilhas ficou a seco e em que o Cocas foi ao molho. A minha - sim é minha - Baía serviu de abrigo ao vento destruidor que passou pela zona Oeste, mas não chegou para matar o bicho. Moles, sem lip e com gente suficiente para fazer 10 manifestações de apoio ao Carmona Rodrigues, foi maior a irritação do que o gozo.



Agora é preciso aguentar mais 4 dias a salivar por um tubo ou por uma simples onda decente ... A espera é longa!!


Boas Ondas

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Dias alternativos


O carro avariou? A namorada não quer ir à praia? Doente? Muito grande? Muito pequeno? Muita gente? After surf? Sem sono? Com muito sono? Qualquer desculpa serve, mas a partir de agora é indesculpável não passar por aqui http://www.billabongpro.com/ e assistir, ao vivo e a cores, ao maior espectáculo do mundo. A julgar pela amostra, a coisa promete.

Então, mas não anda?



Já reparam que os relógios estão parados. O ponteiro das horas morreu, o dos minutos arrasta-se e mesmo o dos segundos parece lutar contra uma morte anunciada. Já olhei mais de dez vezes para o mostrador, perdi a conta aos olhares que lancei ao canto inferior direito do ecrã do computador e mesmo o telemóvel tem servido mais para saber em que minuto estou do que para fazer chamadas. Estou desesperado.

Devia ser proibido. Devia existir uma especialidade médica que nos medisse o grau de adição ao mar e nos protegesse de passar 5 dias a seco com o risco de no fim-de-semana apanhar o mar em formato piscina. O meu atestado médico, naturalmente escrito com letras que ninguém perceberia, diria: Grau de vício extremo, o paciente deverá fazer pelo menos uma visita diária à praia. Recomendam-se grandes doses de ondas, preferencialmente em fundo de pedra.

Amanhã há ondas? O Beachcam diz que não, mas o Windguru anuncia 3 estrelas a partir das 16 horas, com ondulação de 2.5 metros, mas debaixo de um vendaval violento. Como será que vai estar? Certamente que vou encontrar um cantinho abrigado com ondas, mas a dúvida é assassina. Durmo agarrado à minha prancha. Mesmo que fisicamente não seja fácil – é mais pequena que as de surf, mas ainda assim ocupa espaço a mais para quem está a ter sonhos eróticos com tubos – a imaginação é uma bela alternativa.

Será que amanhã há ondas? Será possível ter escrito isto em apenas 4 segundos? Então, mas o relógio não anda? Vou ver ao telemóvel ...

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Braços no ar


Seria imperdoável que este blog arrancasse sem uma referência a este rapaz. Que o gesto se repita muitas vezes nos próximos meses. Este ano, mais do que nunca, a possibilidade está quase a tornar-se certeza. O Saca tem de entrar.

Vão deitados, e depois?

Em Pipeline há dois bodyboarders com direito a arrancar antes dos temíveis black trunks: Mike Stewart e Kainoa McGee. Esteja pequeno, grande ou gigante, lá estão os dois, acompanhados pelas suas pequenas pranchas, sentados no pico rodeados por surfistas mal humorados.



McGee também faz surf, Stewart até ganha campeonatos sem prancha, mas ninguém lhes pergunta com que ferramenta vão entrar dentro de água e muito menos alguém se atreve a roubar-lhes uma onda. Ganharam o respeito dos agressivos locais pela classe com que passeiam nas ondas de Pipeline. Vão deitados. E depois?


Boas ondas

Chuva

No domingo, choveu toda a tarde. Era inevitável. Com o pequeno almoço em cima da mesa, o cheiro a café a encher a casa toda, quem espreitasse pela janela via a pequena bandeira virada a Norte, empurrada pelo teimoso vento Sul. Mais umas horas, poucas, até recomeçar o dilúvio de fim de Abril. Depois de alguns fins-de-semana de calções e janela aberta, o carro ia fechado, com o rádio, estragado, a tentar segurar a frequência da TSF. Viagem curta, dois ou três quilómetros, até parar. Algumas gotas finas já batem contra o vidro - talvez seja mais cedo do que o esperado. Subir as escadas com cuidado, bem apoiado para evitar acidentes desagradáveis na madeira recém-molhada. E depois, lá em cima, caminhar só mais um pouco em direcção àquele céu cinzento e carregado que se aproxima e dirigir o olhar um pouco mais para baixo, para aquela enorme 'piscina' de pequenas ondas perfeitas, macia do vento que vem de terra e salpicada de pontos negros. Ali perto, logo abaixo, pai e filho (pequeno, por sinal) remam lado a lado para uma linha que se aproxima. Uma outra rebentou à frente. Perfeita. Viram-se para mim, talvez tenham sorrido um para o outro. Noto mais umas braçadas, poucas. Cada um para seu lado, estão ambos de pé e em movimento sem se mexerem. Eu também estou de pé, se alguém com uma perna suspensa na muleta pode estar de pé. É verdade, também sorri. Mas parado. E voltei para casa, no banco de trás, com a mulher e a filha à frente. O resto, já se sabe. No domingo, choveu toda a tarde.