sexta-feira, 4 de maio de 2007

Então, mas não anda?



Já reparam que os relógios estão parados. O ponteiro das horas morreu, o dos minutos arrasta-se e mesmo o dos segundos parece lutar contra uma morte anunciada. Já olhei mais de dez vezes para o mostrador, perdi a conta aos olhares que lancei ao canto inferior direito do ecrã do computador e mesmo o telemóvel tem servido mais para saber em que minuto estou do que para fazer chamadas. Estou desesperado.

Devia ser proibido. Devia existir uma especialidade médica que nos medisse o grau de adição ao mar e nos protegesse de passar 5 dias a seco com o risco de no fim-de-semana apanhar o mar em formato piscina. O meu atestado médico, naturalmente escrito com letras que ninguém perceberia, diria: Grau de vício extremo, o paciente deverá fazer pelo menos uma visita diária à praia. Recomendam-se grandes doses de ondas, preferencialmente em fundo de pedra.

Amanhã há ondas? O Beachcam diz que não, mas o Windguru anuncia 3 estrelas a partir das 16 horas, com ondulação de 2.5 metros, mas debaixo de um vendaval violento. Como será que vai estar? Certamente que vou encontrar um cantinho abrigado com ondas, mas a dúvida é assassina. Durmo agarrado à minha prancha. Mesmo que fisicamente não seja fácil – é mais pequena que as de surf, mas ainda assim ocupa espaço a mais para quem está a ter sonhos eróticos com tubos – a imaginação é uma bela alternativa.

Será que amanhã há ondas? Será possível ter escrito isto em apenas 4 segundos? Então, mas o relógio não anda? Vou ver ao telemóvel ...

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