quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Uma questão de poder

Devia ser um direito consagrado ter direito a passear alguns minutos por dia no You Tube a ver filmes de ondas.

Há mais filmes de Surf. São melhor produzidos, com MUITO melhor banda sonora e só aparecem artistas com ar de estrelas de cinema. Depois é inevitável acabar a ver filmes de Bodyboard. Subitamente, desaparecem as surfadas de final da tarde e os planos nostálgicos. Aparecem pedregulhos, ouve-se punk e começam a voar artistas.

No Surf as ondas são usadas para passear, os melhores arriscam uns saltitos, mas todos ficam contentes quando fazem um cutback a levantar água. É mau? Não. Longe disso. Há por ai muito surfista a merecer respeito. Os bodyboarders de topo só têm dois objectivos: ir mais fundo e ir mais alto. Há alturas em que acho que lhes falta respeito pela lei da gravidade...

Jeff Hubbard e Ryan Hardy



As ondas são transformadas em rampas de lançamento e nem a possibilidade de aterrarem em pedregulhos crivados de ouriços atemoriza os bravos pilotos de aviões com 41.5 polegadas de PP.
Ao surf, começa a faltar a alma. Muitos milhões, muitos profissionais mas cada vez menos defensores do verdadeiro soul surf. É pena. Ainda assim, há bravos surfistas que resistem e continuam a arriscar o pescoço à procura da SUA onda.

Há uns que a encontram.

Manoa Drollet


Deitados ou em pé, a voar ou à procura do tubo mais profundo na água há uma raça de gente que parece adivinhar o que a onda vai fazer e que consegue aproveitar tudo o que o mar oferece. Com a mesma naturalidade assustadora, surfam bolhas, ondas do tamanho de prédios ou brincam em tubos que parecem centrifugadoras. Nesse campeonato não há vencedores.

Cyclops


East Coast




Bons Tubos

3 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito do teu texto. Um olhar pensado sobre o Bodyboard!!!

tlai

Anónimo disse...

Gracias.
Cocas

hugo faustino disse...

esse video do ryan/jeff é qualquer coisa de extraordinario..